LASERCAST #18 - Pelos labirintos de Laerte

LASERCAST #18 - Pelos labirintos de Laerte

Tivemos uma conversa profunda com o membro da Raio Laser Raimundo Lima Neto sobre sua pesquisa acadêmica "Quadrinho como Labirinto" (UnB, 2014) que aborda uma fase importantíssima da obra da maior quadrinista brasileira de todos os tempos, Laerte Coutinho!

Participam do debate: Raimundo Lima Neto, Bruno Porto, Pedro Brandt e Marcos Maciel de Almeida.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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DEZ ANOS DE RAIO LASER!

DEZ ANOS DE RAIO LASER!

Adivinha quem completa um decênio de crítica e atuação na quadrinhosfera brasileira em abril de 2021? Isso mesmo, achou certo! (quem mais?) O site RAIO LASER completa uma década de existência dedicada à reflexão apurada e à fuleirage associada a tudo que o mundo dos quadrinhos ofereceu nestes velozes e implacáveis anos 2010.

Quando começou, a Raio tinha como missão a crítica, o jornalismo, a historiografia e a socialização em torno do rico mundo dos quadrinhos. Não é incomum as pessoas dizerem que, lá pros idos de abril de 2011, “naquela época tudo era meio que mato” (guardadas exceções que todos conhecem). Nossa ambição era que, de alguma maneira, a abordagem crítica sobre quadrinhos ganhasse um espaço mais próximo do que a crítica de cinema e de música representavam no Brasil.

Desde então, mesmo com dificuldades e à base de muita força de vontade, nunca paramos. Insistimos em textos longos, abordagens individuais e aprofundadas, além do formato blog, em diversas especialidades. Nosso podcast segue as idiossincrasias das postagens escritas. E seguiremos assim, na contramão das modas de internet, apostando na qualidade sobre a quantidade. Como é sabido, nossos autores vêm de áreas e especialidades diferentes, e cada um busca um olhar bastante específico sobre os quadrinhos. Você pode conferir o histórico completo da Raio Laser AQUI.

Dentro das comemorações que acontecerão ao longo de todo o ano, estão previstos:

- Episódios especiais do LASERCAST com convidados (como o #17 sobre Conan, com Marco Antonio Collares), incluindo um com a equipe Raio comentando suas histórias juntamente com jornalista Ramon Vitral (do incontornável Vitralizado).

- Um documentário em curta-metragem sobre nossa trajetória com direção dos cineastas Alex Vidigal e Lucas Gesser.

- Uma camiseta comemorativa em edição limitada, com ilustração exclusiva do grande Pedro D’Apremont.

- O lançamento do livro ZIP – QUADRINHOS E CULTURA POP, com a reunião dos principais textos que o nosso editor Ciro Inácio Marcondes publicou no portal de notícias Metrópoles entre 2017 e 2019. Apresentação do professor e pesquisador Nobu Chinen.

- Além disso, sorteios, publicações e outras surpresas para quem nos acompanhar no decorrer do ano.

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O CAVALEIRO DAS TREVAS DE GROO: COMO TRANSFORMAR UM IMAGINÁRIO DE IDIOTIA EM SOCIOPOLÍTICA - PARTE 1

O CAVALEIRO DAS TREVAS DE GROO: COMO TRANSFORMAR UM IMAGINÁRIO DE IDIOTIA EM SOCIOPOLÍTICA - PARTE 1

por Ciro Inácio Marcondes

Quem me conhece sabe que sou um grande fã de Sergio Aragonés e Mark Evanier, e esta não é a primeira vez que resolvo dedicar algumas palavras às histórias de Groo. Considero que o trabalho dessa dupla de autores tem o faro certo para preservar os aspectos interessantes e até filosoficamente instigantes do gênero espada/feitiçaria, e ao mesmo tempo expor certo ridículo do pessimismo “barbárico” de Robert E. Howard, com toda aquela conceituação estranha de que a barbárie subsiste à civilização e é o “estado natural” do ser humano. Se o bárbaro é o ser humano “puro” (agh), ele deve se parecer mais com Groo do que com Conan, e é aí que a coisa fica interessante mesmo.

O título deste texto é um click bait safado mesmo, mas ele preserva o embrião de uma ideia que tive há muito tempo, ao ler a edição número 19 da publicação O Humor Inteligente de Groo, o Errante, da Abril (saiu por aqui em 1991. O original é de 1988). A história que abre essa edição se chama “A Aldeia de Malefá”, e é uma ótima amostra sobre como, desde os primórdios, Arogonés e Evanier sabiam que as paródias de Groo poderiam de fato render uma reflexão (“inteligente”) sobre os meandros da civilização e da barbárie, não exatamente no teor essencialista e fatalista de Howard, mas sim construindo parábolas que explicassem modelos de sociedade correspondentes à nossa, e não às civilizações que inspiraram a Era Hiboriana. (nada contra Howard, entretanto. Curto muito).

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Em defesa do gibi fasciculado e outras cositas más

Em defesa do gibi fasciculado e outras cositas más

por Marcos Maciel de Almeida

Colecionar quadrinhos é um hábito substancialmente diferente hoje que quando comecei, 35 anos atrás. Naquela época esse tipo de entretenimento era muito mais acessível por diversos fatores. E os principais dentre eles são, necessariamente, interdependentes: formato e preço. Os gibis de massa do início dos anos 80 – e aqui incluo desde linha infantil e infantojuvenil da Editora Abril, passando pelas edições eróticas e de terror de editoras como a RGE, Vecchi e Grafipar – eram produtos praticamente descartáveis, com papel jornal e dimensões reduzidas. O objetivo deste tipo de publicação era chegar ao máximo de pessoas. Altamente disseminados e com presença massiva nas bancas, as revistas em quadrinhos desse período tinham tiragens gigantescas e preços razoáveis, razões pelas quais havia grande rotatividade no número de leitores e intensa possibilidade de renovação dos mesmos, dadas as facilidades de acesso a este tipo de material.

Hoje o cenário é totalmente diverso. As tiragens são mínimas e, tirando as seções de quadrinhos das grandes livrarias, o local de excelência para a compra de gibis é a internet. Claro que os gibis vendidos em banca ainda representam parcela importante das vendas, mas cada vez mais o hábito de ir às bancas para comprar revistas é um costume em extinção. Quem acompanha esse mercado certamente já escutou a máxima “quanto maior a tiragem, menor o custo de impressão e – por consequência – o preço”. Seguindo essa lógica, o que assistimos nas últimas décadas foi a drástica redução no número de revistas impressas acompanhado do inexorável aumento dos preços. Isso fez com que, gradualmente, as revistas em geral – não apenas quadrinhos – fossem perdendo espaço nas bancas e se tornassem mercado de nicho. Não é difícil perceber que as bancas hoje estão ou desaparecendo ou se tornando pontos de venda de produtos acessórios como capinhas de celular e outros tipos de bugigangas. Sem ter onde encontrar seu gibizinho – sempre mais caro – vai ser difícil para a molecada se transformar em público consumidor, o que reduz tiragens e acarreta aumento dos preços, num círculo vicioso nada alvissareiro. Mas essa é outra história.

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LASERCAST #17 - Conan: quadrinhos bárbaros

LASERCAST #17 - Conan: quadrinhos bárbaros

A equipe Raio recebe Marco Antonio Collares, doutorando em Robert E. Howard pela UFRGS, para falar de CONAN, O BÁRBARO (CONÃ para os antigos), em várias de suas facetas: suas origens na literatura pulp, seu significado antropológico e sociológico, suas encarnações midiáticas, e principalmente as inúmeras versões em quadrinhos. Aqui são discutidas suas revistas, roteiristas, ilustradores e importância para a história das HQs.

Participam do debate: Ciro Inácio Marcondes, Márcio Jr. e o convidado Marco Antonio Collares (Fórum Conan, o Bárbaro).

Edição: Gustavo Trevisolli.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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LASERCAST #16 - Memento mori: a morte nos quadrinhos

LASERCAST #16 - Memento mori: a morte nos quadrinhos

No primeiro programa de 2021, a equipe Raio, munida de poetas e filósofos, se reúne para debater o tema da morte em suas várias manifestações nos quadrinhos: a morte personificada, personagens que estão mortos, a tragédia social da morte, a morte dos super-heróis, etc. São discutidos quadrinhos de Jim Starlin, Neil Gaiman, Mauricio de Sousa, André Franquin, Mateus Gandara, Will Eisner, Brian Bolland, Frank Miller, Peter Milligan, Mike Allred, André Diniz, Antonio Eder, Danilo Beyruth, entre outros. Dentre escritores e pensadores citados, temos Hélinand de Froidmont, Philip Roth, Michel Voyelle, Vilém Flusser, Manuel Bandeira, Jean Baudrillard e Michel de Montaigne.

Participam do debate: Bruno Porto, Ciro Inácio Marcondes, Márcio Jr., Marcos Maciel de Almeida e Lima Neto.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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Destino Adiado, de Gibrat: Antes do tempo

Destino Adiado, de Gibrat: Antes do tempo

por Lucas Reis

Desde o princípio, Destino Adiado (Jean-Pierre Gibrat) causa uma pulga atrás da orelha do leitor. Antes mesmo de abrir o gibi propriamente. Afinal, o título da obra é uma clara contradição. Ora, do destino é impossível fugir. É uma trilha na vida que funciona como uma linha férrea, em que mudanças na rota são impraticáveis. O ponto de início e de chegada já foram dados de antemão - o planejamento está traçado e não são permitidos desvios. Apenas para ficar na história mais conhecida e marcante sobre o tema, a tragédia grega O rei édipo: o protagonista tinha como destino matar o pai e casar com a mãe e nenhuma ação foi possível para alterar essa sina. A fuga é impossível qualquer que seja o destino.

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