Melhores leituras de 2021 - Ciro I. Marcondes

Melhores leituras de 2021 - Ciro I. Marcondes

por Ciro I. Marcondes

2021 foi um ano bastante agitado para mim. Me vacinei 3 vezes, tive um irmão internado na UTI com covid, amigos se foram, lancei um livro e me mudei de país. Fora muito trabalho acadêmico e tudo o que fizemos na celebração dos dez anos da Raio Laser. Não me surpreenderia se, diante de tantas urgências, eu não tivesse lido quadrinho nenhum. Porém, na verdade li muitos e resolvi selecionar cada um dos que me causaram impacto, seja por sua origem cultural, por seu desenvolvimento formal, sua atualidade, sua importância histórica, etc. O critério é esse: ter me tocado em um ano atribulado. Segue a lista com 17 obras resenhadas com algum capricho, sem ordem de importância ou qualidade. (CIM)

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LASERCAST #16 - Memento mori: a morte nos quadrinhos

LASERCAST #16 - Memento mori: a morte nos quadrinhos

No primeiro programa de 2021, a equipe Raio, munida de poetas e filósofos, se reúne para debater o tema da morte em suas várias manifestações nos quadrinhos: a morte personificada, personagens que estão mortos, a tragédia social da morte, a morte dos super-heróis, etc. São discutidos quadrinhos de Jim Starlin, Neil Gaiman, Mauricio de Sousa, André Franquin, Mateus Gandara, Will Eisner, Brian Bolland, Frank Miller, Peter Milligan, Mike Allred, André Diniz, Antonio Eder, Danilo Beyruth, entre outros. Dentre escritores e pensadores citados, temos Hélinand de Froidmont, Philip Roth, Michel Voyelle, Vilém Flusser, Manuel Bandeira, Jean Baudrillard e Michel de Montaigne.

Participam do debate: Bruno Porto, Ciro Inácio Marcondes, Márcio Jr., Marcos Maciel de Almeida e Lima Neto.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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X-Táticos, de Milligan e Allred: pop art imprevisível e mutante

X-Táticos, de Milligan e Allred: pop art imprevisível e mutante

Entramos nos anos 2000 aproveitando as benesses e também os ocasos da tecnologia: muitos de nós usando telefones celulares, acessando a internet e trocando mensagens e conteúdo via e-mail. Mas também experimentando o início do controle cibernético, uma maior falta de tempo, relacionamentos anteriormente presenciais e hoje em dia mais líquidos, distantes fisicamente e em algumas vezes, afetivamente. Muitos conceitos estavam sendo modificados na sociedade nesse período, e por que não rever o conceito de mutantes também? Afinal, titio Stan Lee e vários outros roteiristas e artistas tanto na Marvel como na DC nos ensinaram que os super-heróis eram um reflexo do que estava acontecendo no mundo exterior. E foi aí que surgiram, rejeitando a cronologia e o politicamente correto, os X-Táticos de Peter Milligan e Michael Allred. E quem irá dizer que não é ousadia assumir um título X introduzindo um grupo de personagens 100% desconhecidos e esquisitos?

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