O CAVALEIRO DAS TREVAS DE GROO: COMO TRANSFORMAR UM IMAGINÁRIO DE IDIOTIA EM SOCIOPOLÍTICA - PARTE 2

O CAVALEIRO DAS TREVAS DE GROO: COMO TRANSFORMAR UM IMAGINÁRIO DE IDIOTIA EM SOCIOPOLÍTICA - PARTE 2

O texto a seguir dá continuidade às ideias comentadas na parte 1 e analisa as histórias Inferno na Terra (Hell on Earth, 2007/8 - publicada no Brasil pela Mythos em 2008) e A Grande Crise (Hogs of Horder, 2009/10, publicada no Brasil pela Mythos em 2010). Aqui, Groo encontra a pós-modernidade. É bastante importante ler a primeira parte. (CIM)

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LASERCAST #19 - Reinventando Popeye

LASERCAST #19 - Reinventando Popeye

Revelamos os bastidores da recente releitura de um dos grandes ícones da cultura pop do século 20 surgidos nas HQs. Conversamos com o quadrinista e ilustrador Marcelo Lelis, co-autor com o francês Antoine Ozanam de "Popeye: Um homem ao mar", e com o historiador e pesquisador Márcio Rodrigues, que está traduzindo a obra para ser lançada no Brasil.

Participam do debate: Raimundo Lima Neto, Bruno Porto, Marcos Maciel de Almeida e os convidados especiais Marcelo Lelis e Márcio Rodrigues.

Edição: Eder Freire e Gustavo Trevisolli.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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Lovecraft: uma sombra à frente de seu tempo

Lovecraft: uma sombra à frente de seu tempo

por Marcos Maciel de Almeida

HP Lovecraft (1890-1937), quem diria, tornou-se um fenômeno pop. Seja pelas inúmeras adaptações de sua obra que invadem as livrarias ou pelo recente sucesso da série de TV Lovecraft Country, o fato é que a literatura e as criações do escritor de Providence (EUA), justamente considerado um dos maiores nomes da ficção de horror mundial, encontram-se espalhadas pelas principais mídias de entretenimento. Exemplo simplório disso é minha reaproximação com sua obra, cujo gatilho foram os três episódios em sequência de South Park de 2010 nos quais os heróis da série enfrentam a criação máxima de Lovecraft, o milenar e inescrutável Cthulhu. Daí para comprar um compêndio com seus greatest hits foi um pulo. Coincidentemente, logo na semana seguinte embarquei para uma viagem de trabalho para a Armênia. Ler o calhamaço de quase mil páginas na madrugada do país caucasiano num apartamento em que ocorreram eventos inexplicáveis foi uma experiência no mínimo interessante, que não será relatada aqui por motivos de fuga ao tema.

No dia em que escrevo estas mal traçadas linhas, atrevo-me a dizer que Lovecraft conseguiu a façanha de ter se tornado mais famoso que seu predecessor e ídolo Edgar Allan Poe. Inspiração inegável, Poe influenciou formato (contos curtos e longos) e tipo de narrativa (de caráter fortemente pessoal elaborada invariavelmente em primeira pessoa) de seu discípulo. Reza a lenda que o fascínio de Lovecraft por seu ídolo era tão grande que o primeiro chegara a visitar as casas frequentadas por Poe, ocasiões em que tinha episódios de convulsão, visões e momentos de epifania.

Outra trágica similaridade que aproxima essas duas lendas da literatura fantástica é o reconhecimento tardio e póstumo. Tendo morrido numa pindaíba desgraçada, Lovecraft certamente ficaria admirado ao descobrir que suas criações se tornaram apreciadas pelas massas, como se pode verificar ao encontrá-las por aí em diversas formas de expressão artística, como música, cinema e jogos eletrônicos. Muito ajudou para esse fenômeno o fato de que parte considerável da obra do norte-americano tenha entrado em domínio público, o que contribui para a disseminação facilitada de seu legado. Claro que o talento do escritor – pai do gênero conhecido por “Horror Cósmico” – não passaria despercebido pelo crivo dos grandes da nona arte. Quadrinistas de renome como Alberto Breccia, Esteban Maroto e Dino Battaglia, entre outros, renderam incríveis homenagens ao trabalho de Lovecraft, recriando com autoralidade as clássicas histórias que assombram os pesadelos de leitores há mais de um século, em todo o mundo. Para além da seara cultural, a obra de Lovecraft transformou-se, também, em fonte importante para escritos de cunho religioso/ocultista.

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TINTIM E OS PIRATAS CHINESES

TINTIM E OS PIRATAS CHINESES

por Bruno Porto

Na feirinha de rua da Dongtai Road, em Xangai, é possível encontrar a preços módicos as histórias em quadrinhos As Aventuras de Tintim tal qual eram publicadas desde o final dos anos 1960, em edições pra lá de piratas. Cada álbum é dividido em dois livrinhos de 9 cm x 12 cm, impressos no preto e branco mais cinza possível em papel jornal da pior qualidade. Não raro, a ordem e as proporções dos quadrinhos são alteradas, e os desenhos foram em sua grande maioria decalcados com resultados variados. Isto é, variam do ruim ao péssimo, de deixar Carlos Zéfiro com vergonha.

Tintim é um dos personagens mais conhecidos dos século XX, tendo sido publicado em mais de cinquenta 50 idiomas e com mais de 200 milhões de exemplares vendidos mundialmente. Criado em 1929 pelo cartunista e designer gráfico belga Hergé, tem uma de suas seminais aventuras passadas justamente em Xangai, nos anos 1930: Le Lotus Bleu.

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13 PERGUNTAS PARA GALVÃO BERTAZZI

13 PERGUNTAS PARA GALVÃO BERTAZZI

Há mais de duas décadas, Galvão Bertazzi esfrega na cara de todo mundo – em jornais ou na internet – quão besta a vida é. Ácido até a medula, o roqueiro que se criou em Goiânia e partiu pra Floripa tem sido um dos mais consistentes autores de tiras do Brasil. Tanto que durante o período em que a deusa-maior Laerte ficou afastada da Folha devido à Covid 19, foi Galvão o autor escalado para substituí-la. Passou no teste com louvor. Nessa entrevista ele relata a experiência e fala ainda de HQs longas, empreitadas editoriais, mercado, artes plásticas e desenhos animados. Assunto não falta pro sujeito. (Márcio Jr.)

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LASERCAST #18 - Pelos labirintos de Laerte

LASERCAST #18 - Pelos labirintos de Laerte

Tivemos uma conversa profunda com o membro da Raio Laser Raimundo Lima Neto sobre sua pesquisa acadêmica "Quadrinho como Labirinto" (UnB, 2014) que aborda uma fase importantíssima da obra da maior quadrinista brasileira de todos os tempos, Laerte Coutinho!

Participam do debate: Raimundo Lima Neto, Bruno Porto, Pedro Brandt e Marcos Maciel de Almeida.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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DEZ ANOS DE RAIO LASER!

DEZ ANOS DE RAIO LASER!

Adivinha quem completa um decênio de crítica e atuação na quadrinhosfera brasileira em abril de 2021? Isso mesmo, achou certo! (quem mais?) O site RAIO LASER completa uma década de existência dedicada à reflexão apurada e à fuleirage associada a tudo que o mundo dos quadrinhos ofereceu nestes velozes e implacáveis anos 2010.

Quando começou, a Raio tinha como missão a crítica, o jornalismo, a historiografia e a socialização em torno do rico mundo dos quadrinhos. Não é incomum as pessoas dizerem que, lá pros idos de abril de 2011, “naquela época tudo era meio que mato” (guardadas exceções que todos conhecem). Nossa ambição era que, de alguma maneira, a abordagem crítica sobre quadrinhos ganhasse um espaço mais próximo do que a crítica de cinema e de música representavam no Brasil.

Desde então, mesmo com dificuldades e à base de muita força de vontade, nunca paramos. Insistimos em textos longos, abordagens individuais e aprofundadas, além do formato blog, em diversas especialidades. Nosso podcast segue as idiossincrasias das postagens escritas. E seguiremos assim, na contramão das modas de internet, apostando na qualidade sobre a quantidade. Como é sabido, nossos autores vêm de áreas e especialidades diferentes, e cada um busca um olhar bastante específico sobre os quadrinhos. Você pode conferir o histórico completo da Raio Laser AQUI.

Dentro das comemorações que acontecerão ao longo de todo o ano, estão previstos:

- Episódios especiais do LASERCAST com convidados (como o #17 sobre Conan, com Marco Antonio Collares), incluindo um com a equipe Raio comentando suas histórias juntamente com jornalista Ramon Vitral (do incontornável Vitralizado).

- Um documentário em curta-metragem sobre nossa trajetória com direção dos cineastas Alex Vidigal e Lucas Gesser.

- Uma camiseta comemorativa em edição limitada, com ilustração exclusiva do grande Pedro D’Apremont.

- O lançamento do livro ZIP – QUADRINHOS E CULTURA POP, com a reunião dos principais textos que o nosso editor Ciro Inácio Marcondes publicou no portal de notícias Metrópoles entre 2017 e 2019. Apresentação do professor e pesquisador Nobu Chinen.

- Além disso, sorteios, publicações e outras surpresas para quem nos acompanhar no decorrer do ano.

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