SE O BRASIL ACABAR, "DEPOIS QUE O BRASIL ACABOU" ESTARÁ LÁ PARA EXPLICAR TUDO
/Vira e mexe, me pego pensando besteira. No futuro – se existir futuro, lógico –, como as pessoas saberão o que aconteceu? Com certeza, não será pelas manchetes dos jornais do período. O retrato mais fiel do Brasil da última década está poucas páginas adiante, nas charges e tiras de quadrinhos. Já fiz essa experiência: é ali que está registrado tudo aquilo que eu vi diante dos meus olhos.
João Pinheiro não está nas páginas dos jornais. Deveria. Mas também não é algo tão necessário. Oriundo da quebrada, o sujeito sabe que Wellinton parado vira bolsa de madame. Ou seja, o cara anda jogando seus molotovs de nanquim por todos os cantos: zines, sites, gibis independentes. Guerra de guerrilha, camarada. De modo que Depois que o Brasil acabou – antologia que reúne essas granadas quadrinísticas espalhadas por páginas de baixa tiragem – é um serviço de primeira necessidade que a editora Veneta nos presta.
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