Tomei conhecimento do trabalho do norte-americano Nick Drnaso há alguns dias, por causa de uma matéria na revista New Yorker . A princípio achava que ele era mais um Chris Ware wannabe, mas fiquei bastante curioso para ler seu último álbum, a graphic novel Sabrina (Drawn and Quarterly, 2018). Impulsivo – eufemismo para consumista – como sou, encomendei o gibi, que devorei rapidamente. A compra valeu a pena. A leitura foi inquietante, para dizer o mínimo. Sabrina conta a história de uma garota que desapareceu. Seu namorado, desconsolado, vai morar com um amigo em Chicago, enquanto tenta superar o acontecimento. Outra personagem é a irmã de Sabrina, que teve de segurar – praticamente sozinha – a barra com o sumiço. À medida que os fatos se desenrolam, Nick aumenta o alcance da lupa que coloca sobre cada um dos protagonistas. Existe uma sensação de desconforto latente que só aumenta durante a – lenta – narrativa.
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