Moon e Bá em Brasília
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Fábio Moon e Gabriel Bá participam hoje (terça-feira, 31 de janeiro), a partir das 19h30, de um bate-papo no teatro Eva Herz, localizado da Livraria Cultura do Iguatemi Shopping (Brasília) - o acesso é livre. Na pauta, o sucesso de Daytripper, os caminhos do quadrinho nacional e os próximos trabalhos dos irmãos. Na entrevista a seguir, os gêmeos paulistanos adiantam um pouco da conversa que vai rolar à noite. (PB)
* Crédito da foto: JR Duran
Daytripper repercutiu muito bem, nacional e internacionalmente. Qual dos reconhecimentos recebidos pela obra deixou vocês mais felizes? Por que?
Gabriel: Todo reconhecimento do Daytripper nos deixa felizes, de formas diferentes. Nos Estados Unidos, foi nosso maior projeto autoral e serviu para nos consolidar como autores, não só como desenhistas. Aqui no Brasil, foi nosso primeiro trabalho que conseguiu reunir o reconhecimento que temos no exterior, os prêmios que a obra ganhou, a visibilidade que temos na mídia e o fato do próprio livro estar sendo lançado e disponível no país inteiro. Estamos muito felizes com tudo.
E qual o reflexo dessa boa repercussão na carreira de vocês?
Gabriel: Hoje somos mais reconhecidos como autores, não só desenhistas, e as editoras estão mais abertas para nossos projetos — não só para usar nossos desenhos nas histórias dos outros. Vários convites para convenções e eventos de quadrinhos ao redor do mundo são resultado desta repercussão e temos tentado balancear as viagens com o trabalho, pois é importante divulgar e promover os livros, mas é preciso continuar produzindo material novo.
Vocês conseguem perceber o surgimento de novos leitores para o trabalho de vocês?
Fábio: Estamos sempre buscando novos leitores. Quadrinhos não são só pra “nerds” ou “crianças”. Queremos expandir o mercado de quadrinhos e mostrar a pessoas que não costumam ler HQs que elas podem encontrar ali histórias incríveis. Acredito que o Daytripper esteja fazendo um pouco isso, mas precisamos continuar produzindo este tipo de quadrinhos pra conseguir realmente formar este público “novo”.
Um assunto recentemente muito discutido por quem faz e lê quadrinhos foram as propostas de lei para cotas de produção nacional nas editoras brasileiras. Vocês acompanharam essa história? O que pensam a respeito dessas propostas?
Gabriel: Acho que pode ajudar na formação de público se bem utilizado nas escolas e faculdades (como propõe o artigo 5º da lei). Mas não acredito que resolverá a vida dos autores e criará problemas para editoras, principalmente as pequenas. Nunca se publicou tanta HQ como hoje em dia, em variedade de gêneros e títulos, tanto estrangeiros quanto nacionais.
O que vocês leram de interessante de quadrinho nacional em 2011 e recomendariam para as pessoas?
Gabriel: Um projeto muito bacana de 2011 foi uma página de quadrinhos no IG, de onde surgiram três trabalhos excelentes: O beijo adolescente, de Rafael Coutinho; Roberto, do Edu Medeiros; e Tune 8, do Rafael Albuquerque. Tanto o Beijo adolescente quanto o Tune 8 foram compilados e publicados em papel. Outra HQ legal foi Achados e perdidos, do Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho, pois é uma boa história infanto-juvenil, gênero pouco trabalhado no quadrinho nacional.
Fábio: E quem continua firme e forte numa ilustre carreira nos quadrinhos é o Gustavo Duarte, que depois das premiadas Có (2009) e Taxi (2010), lançou Birds, mais uma HQ sem falas, contando tudo com seus elegantes desenhos.
Quais os planos de vocês para 2012? Quando poderemos ler o próximo trabalho de vocês?
Fábio: Este ano vamos lançar um álbum da série Cidades Ilustradas, da Casa 21, sobre São Luís do Maranhão. Além disso, também deve sair por aqui o Casanova, série que fazemos nos Estados Unidos com o escritor Matt Fraction. Estamos trabalhando na adaptação para os quadrinhos do livro Dois irmãos, do Milton Hatoum, mas vai demorar ainda pra ficar pronto.
* Crédito da foto: JR Duran
Daytripper repercutiu muito bem, nacional e internacionalmente. Qual dos reconhecimentos recebidos pela obra deixou vocês mais felizes? Por que?
Gabriel: Todo reconhecimento do Daytripper nos deixa felizes, de formas diferentes. Nos Estados Unidos, foi nosso maior projeto autoral e serviu para nos consolidar como autores, não só como desenhistas. Aqui no Brasil, foi nosso primeiro trabalho que conseguiu reunir o reconhecimento que temos no exterior, os prêmios que a obra ganhou, a visibilidade que temos na mídia e o fato do próprio livro estar sendo lançado e disponível no país inteiro. Estamos muito felizes com tudo.
E qual o reflexo dessa boa repercussão na carreira de vocês?
Gabriel: Hoje somos mais reconhecidos como autores, não só desenhistas, e as editoras estão mais abertas para nossos projetos — não só para usar nossos desenhos nas histórias dos outros. Vários convites para convenções e eventos de quadrinhos ao redor do mundo são resultado desta repercussão e temos tentado balancear as viagens com o trabalho, pois é importante divulgar e promover os livros, mas é preciso continuar produzindo material novo.
Vocês conseguem perceber o surgimento de novos leitores para o trabalho de vocês?
Fábio: Estamos sempre buscando novos leitores. Quadrinhos não são só pra “nerds” ou “crianças”. Queremos expandir o mercado de quadrinhos e mostrar a pessoas que não costumam ler HQs que elas podem encontrar ali histórias incríveis. Acredito que o Daytripper esteja fazendo um pouco isso, mas precisamos continuar produzindo este tipo de quadrinhos pra conseguir realmente formar este público “novo”.
Um assunto recentemente muito discutido por quem faz e lê quadrinhos foram as propostas de lei para cotas de produção nacional nas editoras brasileiras. Vocês acompanharam essa história? O que pensam a respeito dessas propostas?
Gabriel: Acho que pode ajudar na formação de público se bem utilizado nas escolas e faculdades (como propõe o artigo 5º da lei). Mas não acredito que resolverá a vida dos autores e criará problemas para editoras, principalmente as pequenas. Nunca se publicou tanta HQ como hoje em dia, em variedade de gêneros e títulos, tanto estrangeiros quanto nacionais.
O que vocês leram de interessante de quadrinho nacional em 2011 e recomendariam para as pessoas?
Gabriel: Um projeto muito bacana de 2011 foi uma página de quadrinhos no IG, de onde surgiram três trabalhos excelentes: O beijo adolescente, de Rafael Coutinho; Roberto, do Edu Medeiros; e Tune 8, do Rafael Albuquerque. Tanto o Beijo adolescente quanto o Tune 8 foram compilados e publicados em papel. Outra HQ legal foi Achados e perdidos, do Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho, pois é uma boa história infanto-juvenil, gênero pouco trabalhado no quadrinho nacional.
Fábio: E quem continua firme e forte numa ilustre carreira nos quadrinhos é o Gustavo Duarte, que depois das premiadas Có (2009) e Taxi (2010), lançou Birds, mais uma HQ sem falas, contando tudo com seus elegantes desenhos.
Quais os planos de vocês para 2012? Quando poderemos ler o próximo trabalho de vocês?
Fábio: Este ano vamos lançar um álbum da série Cidades Ilustradas, da Casa 21, sobre São Luís do Maranhão. Além disso, também deve sair por aqui o Casanova, série que fazemos nos Estados Unidos com o escritor Matt Fraction. Estamos trabalhando na adaptação para os quadrinhos do livro Dois irmãos, do Milton Hatoum, mas vai demorar ainda pra ficar pronto.