Damasco: protesto por uma turba de silenciosos + Rapidinhas #19

Damasco: protesto por uma turba de silenciosos + Rapidinhas #19

Nosso editor Ciro I. Marcondes retorna à crítica para falar sobre o mundo desalmado de Damasco, de Alexandre S. Lourenço e Lielson Zeni, além resenhas curtas para três ótimos quadrinhos brasileiros recentes.

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Rapidinhas #18: Dia do Quadrinho Nacional 2023

Rapidinhas #18: Dia do Quadrinho Nacional 2023

Mais uma vez sob o ensejo do Dia do Quadrinho Nacional, esta edição das “rapidinhas” (pacote de resenhas curtas - ou nem tanto - da Raio) aborda a produção brasileira. Alguns autores são velhos conhecidos (aproveitem para clicar nos hiperlinks e conferir resenhas antigas para obras deles), outros estreiam por aqui. Uma de nossas intenções em 2023 é acelerar a prática do texto escrito novamente (sem abandonar o Lasercast, claro!), valorizando essa sofrível tradição em crítica de quadrinhos, que parece ter se tornado mais rara que encontrar um canguru no meio da floresta amazônica. E sem chatGPT, é claro! ;) (CIM)

por Ciro Inácio Marcondes, Marcão Maciel e Bruno Porto

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LASERCAST #52 - LOJAS DE QUADRINHOS: ESTRATÉGIAS PARA O MERCADO BRASILEIRO

LASERCAST #52 - LOJAS DE QUADRINHOS: ESTRATÉGIAS PARA O MERCADO BRASILEIRO

Neste espisódio 52 de Lasercast, reunimos alguns dos grandes nomes do quadrinho nacional, mas não estamos falando de autores! Vamos conversar com personalidades do outro lado da cadeia de produção das HQ´s - as lojas de quadrinhos e seus corajosos proprietários. A equipe Raio Laser (nessa edição representada por Bruno Porto, Marcos Maciel e Lima Neto) junta-se a nomes de peso das "gibiterias": Mitie Taketani, da Itiban de Curitiba, Douglas Utescher da Ugra e Gulherme Lorandi da Monstra, ambas de São Paulo.

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Eu Não Preciso de Mais Nada: existencialismo de videogame ou a crisálida de Gabriel Dantas

Eu Não Preciso de Mais Nada: existencialismo de videogame ou a crisálida de Gabriel Dantas

“Meu primeiro contato com a morte foi no colégio”, diz o recordatório do requadro de um certo zine “Viagens Rumo ao Esquecimento”, que Gabriel Dantas publicou ainda em 2017, quando tinha (possivelmente) 17 ou 18 anos. Nesta história, seu personagem se insere num ambiente juvenil-escolar (como tantas e tantas vezes vai repetir em seu trabalho futuro, especialmente em seu Instagram @bifedeunicornio) para recordar o falecimento, no meio do bimestre, de um professor querido, algo que talvez reverbere na memória de muita gente que vá abrir esse volume impresso Eu Não Preciso de Mais Nada, em que a Ugra Press coleta aquilo que o Gabriel produziu entre 2017 e 2019.

Esse primeiro zine era bem rudimentar e primário (lembra um exercício) e eu já estava achando que a editora havia investido num material inferior ao publicado na internet quando essa história específica do professor derreteu minha retidão de crítico. Talvez isso tenha a ver com o fato de eu ser também professor, mas acho que na verdade o que ocorreu ali foi o ato de realizar uma leitura do nascedouro da dupla orientação que Gabriel Dantas iria levar para o resto dos seus quadrinhos: um conflito (explorado de maneira tresloucada e hilária) entre um jeito bobo de ser, estilo adolescente videogueimeiro, e uma dor existencial lancinante, irresistível para qualquer um que vá ler seu material. E estes dois aspectos ficam vazando um para o outro até que você não saiba exatamente se está rindo ou chorando. Uma forma meio “palhaço triste” de crescer e entender o mundo ao seu redor.

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