Em memória de Athos Eichler Cardoso
/por Oto Reifschneider
Em memória do amigo Athos, que nos deixou em 19 de dezembro, escrevo essas linhas. E por que motivo conto todas essas histórias, detalhes do que nos uniu e nos afastou? É que esses movimentos são a matéria própria da vida.
Foi pesquisando a bibliofilia no Brasil que estreitei os laços com um grupo de estudiosos que se reunia em frente ao Armazém do Livro Usado (em Brasília), do amigo livreiro Jorge Brito, aos sábados pela manhã. A prosa girava sempre em torno de livros e cultura, além da inexorável passagem do tempo. Eu era o mascote, imagino. Estava para completar meus 30 anos de idade, todos os demais nos seus 60/70 anos. Uma década depois, reclamariam de minha virada dos 40: nosso grupo já não tinha mais nenhum jovem! Essa questão da idade se repetia em nossas conversas, a conclusão sempre a mesma: a velhice pode ser ruim, mas a alternativa é pior.
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